segunda-feira, 5 de setembro de 2011

HISTÓRIA DE MYSTICO VILLE


                                                                      O GÊNESIS:

     No ano de 1235, um grupo de pessoas especiais, estudiosos, místicos e naturalistas, fugindo da inquisição montam uma caravana em busca de uma região para que pudessem praticar seus cultos e estudos sem o perigo de serem caçados.
Um grupo, liderados por Jones Albormann, um estudioso na arte das magias e ocultismo, havia viajado por muitos meses, enfrentando perigos e perseguições e muitas vezes perdendo parte de seus seguidores até que se depara com um local somente descritível como mágico. Rodeado por cavernas que formavam uma espécie de labirinto, porém era cercado de paisagens formidáveis.
Conforme atravessavam os complexos de cavernas, deparava-se com cenários dos mais diversos, ora planícies onde a terra era extremamente fértil, ora florestas densas e com árvores gigantescas e imensos vales cercadas por montanhas e cachoeiras que despejavam suas águas límpidas e virgens num vasto rio que cortava toda a extensão do local. Não tiveram dúvidas, as possibilidades eram ilimitadas e resolveram se fixar naquele local que por seus encantos quase mágicos recebeu o nome de Mystico Ville onde permaneceram seguros e repletos de recursos por muitos anos.

ENCONTRO INESPERADO:

  Após se fixarem, Jones Albormann decide liderar um grupo para que fizessem o mapeamento do local, principalmente das cavernas, curso do rio e as florestas. Numa das excursões a floresta, Jones Albormann não deixa de reparar a riqueza do local, que parece abrigar uma quantidade muito diversificada de plantas e animais silvestres, comprovando assim que a caça é farta. Ele não para de pensar nas possibilidades de explorar as plantas diversas para seus estudos. Por um instante permanece envolto em pensamentos sobre como aproveitar o local de forma mais eficiente a ponto de não perceberem que estão cercados de seres estranhos, no geral todos muito altos e com belas feições, muito ricamente vestidos, não pode deixar de notar as orelhas pontiagudas.
  Sim... Já ouvira boatos e mitos sobre os Elfos da floresta e pela primeira vez sabia se tratar desse povo.
Os Elfos estavam circundando todo o grupo com arcos preparados e apontados esperando qualquer movimento que pudessem fazer. De repente um dos elfos fala algumas palavras em linguagem que nunca ouvira em parte alguma, mas que pelo tom falado e vendo que o elfo aponta em uma direção, entende prontamente que querem que sigam adiante.
 Após uma breve caminhada, chegam numa estranha formação de cabanas adornando o topo das árvores. Entre as arvores, mais elfos parados e olhando a aproximação dos estranhos. O grupo é conduzido a uma cabana, onde um elfo, com feições sérias e traços rígidos os surpreende pedindo para que se sentem, falando na linguagem que conheciam.
Após sentarem, o elfo diz algo aos outros elfos que os conduziram e esses deixam a cabana. Ele senta-se não muito próximo do grupo, e após dizer seu nome: Lanthroual os “convidados” respondem seus nomes e então ele pergunta o que os “convidados” faziam adentrando as suas terras. Após uma breve explicação sobre os motivos reais, ele diz a Jones Albormann que não se importa com os problemas dos humanos e que não se oporia a instalarem-se por ali, contanto que respeitassem os limites de suas terras. Disse que o grupo seria constantemente vigiado e que ao menor sinal de problemas os Elfos não hesitariam em mostrarem sua força. Então, ordenou ao grupo que se retirasse de suas terras e que não mais voltassem, foi o que o grupo fez.
As terras foram mapeadas como proibidas e daquele dia em diante nenhuma pessoa do grupo de aldeões se aventuraria por aquelas paragens.
Com o passar do tempo e a curiosidade natural dos Elfos, foram esses que acabavam passando a espreitar os aldeões, vinham sempre em paz e desarmados. Inevitavelmente o contato foi feito e surgiram as primeiras amizades entre Elfos e aldeões que ensinavam uns aos outros suas linguagens e costumes, muitas vezes trocando presentes, compartilhando caças e remédios. Lentamente mas constantemente, não era difícil encontrar os Elfos vagando pelas vilas ou nas tabernas normalmente como se fossem aldeões sempre alegres e animados.


O CONSELHO:

Com o tempo, os grupos de aldeões com interesses em cultos e estudos diferentes, foram formando pequenas comunidades que compartilhavam seus interesses em comum. Cada grupo separou-se escolhendo o território mais apropriado a tudo o que precisavam, respeitando assim as terras dos Elfos de maneira que não havia necessidade alguma de disputas de territórios.
As cavernas serviam como divisa de território fazendo assim com que as pessoas que tivessem divergências ficassem isentas de constrangimentos.
A fim de garantir a organização e as leis que controlariam Mystico Ville, foi criado o "Conselho da União".
O Conselho da União era composto de anciões muito respeitados por todas as comunidades e cada uma delas havia indicado seu representante incluindo o grupo dos Elfos para que tratassem dos assuntos em comum e manutenção da ordem de toda a região.
Esses conselheiros se uniam constantemente, planejando cada ação que seria tomada e soluções para os diversos problemas e desentendimentos.


OS BATEDORES:

Por volta do ano de 1247, quase todas as regiões de Mystico Ville tiveram suas cavernas e rios mapeados através dos transportes pluviais para fazer negócios com diversas cidades sem revelar a ninguém a localização de Mystico Ville. A vila estava em constante evolução, às riquezas já eram visíveis e todos tinham liberdade para seguirem com seus cultos e estudos contanto que não violassem as regras impostas pelo conselho da União e a organização sempre funcionou de forma exemplar.
Para que a paz, liberdade e segurança fossem respeitadas, o Conselho da União criou um grupo chamado de "Batedores". Esse grupo era formado por membros das diversas comunidades de Mystico Ville, indicados pelo conselheiro de cada comunidade, para que houvesse justiça nas ações do grupo.
Os Batedores tinham em si o juramento sagrado do silêncio e eram os únicos autorizados a circularem em todas as comunidades, também eram liberados a saírem de Mystico Ville para realizar as negociações com outras cidades eram como os guardiões de Mystico Ville.


O DIA FATÍDICO:

Uma parte do grupo dos "Batedores" patrulhava toda a região para deixar ameaças distantes das comunidades.
Esse grupo era formado por Eradron, Nemeoth, Zoroastro, Arthemis, Recronn, Vardamir e Deidahra. Todos os guerreiros renomados e destemidos, suas habilidades eram uma lenda em toda a região, dificilmente alguém ousava incitar alguma discussão na presença deles.
Eram altas horas da madrugada, todas as pessoas permaneciam recolhidas em seus aposentos, tudo parecia muito tranqüilo e tomado por um imenso silêncio.
Os batedores caminhavam conversando tranquilamente enquanto percorriam por toda a região. Ao passarem próxima a área das florestas ouvem vozes distantes que parecem vir da uma clareira onde alguns aldeões costumavam realizar seus cultos. Achando aquela atitude um tanto suspeita, principalmente àquelas horas, resolvem se aproximar em silêncio para observar do que se tratava.
Ao aproximarem-se da clareira, vêem um grupo de pessoas encapuzadas, deixando impossível ver os rostos. Estavam formando um círculo em volta de uma fogueira, dizendo palavras com num idioma desconhecido e que pareciam ser intocados como cânticos monótonos.
Deidahra parece atordoada, mostra estar sentindo uma espécie de mal estar quando de repente um estrondo se faz ouvir. Deidahra curvada profere em voz alta: "Por toda a luz de Ahura Ozmad malditos sejam", os companheiros afastam-se enquanto um brilho intenso emana do corpo de Deidahra fazendo seu corpo tomar a forma de uma mulher, duas vezes mais alta e forte, longas asas metálicas se sobressaltam em suas costas e ela se lança furiosamente em direção aos aldeões da clareira.
Rápido como os olhos não podem acompanhar, no local onde estava a fogueira, uma coluna de fumaça densa ganha uma forma medonha e apavorante, duas vezes maior do que Deidahra e quanto mais ela se aproximava, a luz que emanava de seu corpo foi enfraquecendo e o ser que emergira da terra, com corpo flamejante e a fúria indescritível com um único golpe de suas garras, divide o corpo da celestial ao meio. Ao mesmo tempo em que o ataque acontecia os demais "Batedores" tinham reações adversas e inesperadas. Baltazar assumindo a forma de um lobo grotesco se lança no meio do combate, um imenso dragão toma forma do corpo de Eradron e voa alto sumindo das vistas. Nemeoth desaparece do nada como se nunca estivesse estado por ali. Vardamir se afasta em velocidade sobre-humana deixando o local , Zoroastro leva as mãos ao pescoço pegando algo que parece um adorno, diz algumas palavras e em sua volta surge uma espécie de anel de luz azulada  e ele se joga dentro e desaparece junto com o arco tão rápido quanto este surgiu enquanto Recronn permanece parado como se as pernas não obedecessem ao controle de seu corpo.
Logo após derrubar a celestial, o Lycan se atira sobre o demônio e em uma fração de segundo, chamas emanam do corpo do demônio sem dar chance ao Lycan que o transforma em pó, juntamente com todos que permaneciam ao redor. Num urro furioso se escuta a frase ecoando por toda Mystico Ville: "Quem ousa despertar Sammael?" então o demônio desaparece deixando o local da maneira que era para estar, em silencio e como se nada houvesse ocorrido.
Naquela madrugada, todos os aldeões saíram de suas casas para entender o que acontecia, porém não encontraram nada a não ser uma cratera onde antes era a clareira. Jones Albormann ajoelha-se ao lado da cratera, coloca as mãos em suas bordas e remexendo a terra, como quisesse sentir a textura, fica aparentemente perturbado e como que falando com si mesmo deixa escapar a frase: “Eles não deveriam ter feito isso, estamos entregues a sorte”. Embora alguns aldeões tenham escutado fizeram de conta que era apenas uma frase sem sentido e não o questionaram.
O que acontecera com os "Batedores"? De onde vinha o urro que ouviram? O que aconteceu naquela clareira? De quem será o sinistro nome que ouviram, Sammael? E o que queria dizer Jones Albormann quando se referiu a “estamos entregues a sorte?”
É o que todos os aldeões comentavam sem encontrar nenhuma explicação.
E quem seriam os estranhos encapuzados? E os estranhos “Batedores” o que seriam?
Quais surpresas aguardam os aldeões de Mystico Ville?

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